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sábado, 28 de julho de 2012

Crônicas de Kethoth, Introdução



N
ascido no grande império de Mulhorand, Kethoth Ankhalab ibn Hororé nasceu sétimo filho do sétimo filho do faraó Hórus-ré, que também era deus sobre a terra e líder do panteão Mulhorandi. Obviamente, conhecendo a maneira da divisão de heranças do grande império oriental, Kethoth nasceu quase tão pobre quanto um escravo, mas trouxe consigo a herança mais importante da descendência de um deus. Nasceu um Aasimar.
Os aasimares, para aqueles que não conhecem essa raça dos reinos esquecidos, são aqueles que, com alguma descendência celestial, da mesma forma que os Tieflings têm descendência infernal ou abissal, nascem ostentando na aparência que são apenas meio humanos. Geralmente tem o cabelo loiro, olhos brilhantes variando do branco leitoso até os tons mais vivos de dourado e a pele sempre muito mais clara do que as dos humanos normais. Mesmo aqueles que vêm do norte gelado do continente.
Desde muito jovem, Kethoth sempre soube que não teria herança alguma a passar a seus filhos. Por esse motivo, logo se prontificou a tomar o voto sagrado de alguma das divindades de sua terra. Não se identificou, porém, com as divindades clássicas de seu povo, como Ísis, Hórus, Set ou Osíris. Por isso procurou nas novas divindades do extremo ocidente do continente que começavam a ganhar poder dentro de Mulhorand, alguma que agradasse o seu pensamento e seu código moral, que aprendera a construir com a educação que recebera em casa.
Quando conheceu a igreja do Cavaleiro Vermelho, deus da estratégia militar e do combate nobre, identificou-se de imediato. Foi ali que começou a estudar a história das divindades de fora de Mulhorand e passou a fazer parte dos senhores da estratégia militar Fearuniana, a Sociedade Vermelha.
Analisando a história da Sociedade Vermelha, que provem de uma ordem monástica antiga dentro da igreja de Tempus e que só emergiu das sombras durante o tempo das perturbações, podemos dizer que, mesmo sendo recente, a igreja é forte em todo o continente e há membros da Sociedade em quase todos os reinos, geralmente servindo como líderes de pelotões, professores da arte militar ou até mesmo generais de exércitos inteiros. E foi através da igreja do Cavaleiro Vermelho que Kethoth chegou a líder de seu primeiro pelotão, dentro do próprio império oriental.
E assim começou a primeira aventura do jovem clérigo, que em função do reconhecimento militar que já havia recebido do faraó (que já não era um deus com o fim do tempo das perturbações, mas que ainda era seu primo), e em busca de muito mais, deveria liderar um pelotão de quinhentos homens para uma das cidades recentemente tomadas do reino de Unther, na fronteira sudoeste do império.

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