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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Novidades de Dungeons and Dragons Next

Pessoal... Saiu o novo pacote de playtest do D&DNext. Quem está inscrito recebeu um e-mail ontem para fazer o download do novo pacote, que vem com:

Níveis 1-10 para o clérigo, guerreiro, ladino e mago.
A Ilha dos Horrores, aventura para personagens de níveis 3-7
Especialidades para personagens de níveis 1-10
Backgrounds, incluindo uma lista de perícias revisada.
Como jogar, com novas regras para acertos críticos, concentração, lutar com duas armas e desafios.
Bestiário com monstros níveis 1-10
Dicas para o mestre com novos valores de XP incorporados
Magias para personagens de níveis 1-10
Manobras tanto para o guerreiro quanto para o ladino.
  • Levels 1 – 10 for the cleric, fighter, rogue, and wizard classes.
  • Isle of Dread, an adventure for characters levels 3 – 7.
  • Specialties for characters levels 1 – 10.
  • Backgrounds, including a revised skill list.
  • How to Play, with new rules for critical hits, concentration, two-weapon fighting, and contests.
  • Bestiary with monsters levels 1 – 10.
  • DM Guidelines with new XP values incorporated.
  • Spells for characters level 1 – 10.
  • Maneuvers for both the fighter and rogue.

    Níveis 1-10 para o clérigo, guerreiro, ladino e mago.
    A Ilha dos Horrores, aventura para personagens de níveis 3-7
    Especialidades para personagens de níveis 1-10
    Backgrounds, incluindo uma lista de perícias revisada.
    Como jogar, com novas regras para acertos críticos, concentração, lutar com duas armas e desafios.
    Bestiário com monstros níveis 1-10
    Dicas para o mestre com novos valores de XP incorporados
    Magias para personagens de níveis 1-10
    Manobras tanto para o guerreiro quanto para o ladino.
Para fazer o download acesse o site da WotC e registre-se. Se você já é registrado, basta fazer seu login no site e baixar o pacote e juntar um grupo pra jogar o playtest.
Vou deixar o link aqui, pro pessoal que não quer procurar  no site da Wizards. Qualquer coisa, deixem comentários.

Abraço pessoal. Até a próxima.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

As Crônicas de Kethoth - Capítulo 5



Capítulo 5
A
 noite estava fria por causa da névoa. Urhur e Kethoth conversavam perto de uma fogueira dentro do acampamento cercado que tinham feito. Tantas outras fogueiras também ardiam dentro do acampamento e, ao redor delas, tantos outros soldados cansados da marcha do dia também sentavam e descansavam.
A viagem com um exército sempre era mais demorada do que uma simples caravana. Os homens de armas e, principalmente, os generais eram treinados para nunca dormirem a noite sem ter uma pequena fortificação construída ao seu redor. Mas é claro que isso despendia tempo que poderia ser usado na viagem. O exército não conseguia viajar mais de um quarto do dia, pois as noites eram reservadas para o descanso dos homens e o desjejum. Mesmo fazendo a refeição do sol alto em movimento (comendo carnes secas e pães duros), a viagem não rendia como se fosse um grupo pequeno. Um pouco antes do anoitecer, todos paravam e começavam a trabalhar para erguer barracas, paliçadas e cavar pequenos fossos. Essas fortificações eram queimadas ao amanhecer e o grupo avançava durante mais um dia.
A noite já ia avançada e Kethoth se sentia cansado. Tinham avançado durante quatro dias e, pelos cálculos que fizera com o cartógrafo, ainda tinham mais dois pela frente. O tempo melhorara nesses dias e, junto com ele, o humor dos homens também estava melhor. Eles já não olhavam torto para ele ou para Urhur, o que já era um grande avanço. Mas nessa noite uma névoa estranha tinha baixado sobre o acampamento e seus arredores. Mesmo assim, nada acontecia. Os vigias continuavam montando guarda e os outros homens conversavam, riam timidamente, e bebiam algum vinho de amoras para que o sono viesse com mais facilidade mais tarde.
Urhur e Kethoth se despediram mais tarde e cada um foi para a sua própria barraca. Antes do amanhecer, o comandante veio até a barraca de Kethoth e acordou este. Ele levantou ainda meio zonzo de sono e, depois de se lavar, tomou o desjejum com o comandante. A comida era simples. Composta de pão com algumas sobras da ceia anterior, como batatas assadas em espetos e um pouco de sopa de legumes.
A neblina, que viera no anoitecer anterior, continuava firme e incomodativa sobre o acampamento e os arredores, prejudicando a visão e resfriando o clima local. Os guardas pareciam sonolentos depois do desjejum e de uma noite em claro. Kethoth e Urhur passaram pela fresta entre as paliçadas para fazer suas necessidades do lado de fora do acampamento. Foram até um pequeno bosque próximo, na direção oposta a do mar, para terem um pouco mais de privacidade. Acharam estranho, mas no bosque e mais para o oeste não havia sinal de névoa.
Passaram algum tempo entre as árvores e quando saíam o sol já ia nascendo. Tudo estava quieto e tranquilo. Então Kethoth percebeu que tudo estava quieto e tranquilo demais.
- Percebeu o silêncio? - Perguntou para Urhur. - Deveríamos estar ouvindo os soldados se preparando para queimar a paliçada e para a marcha. Por que está tudo tão silencioso?
- Que bom que você perguntou isso, porque eu achei que fosse o único a ter percebido algo estranho. Veja, a névoa está indo embora.
Os dois andaram mais depressa na direção da paliçada tentando ver algum dos vigias pelo caminho, mas nenhum deles estava lá. Entraram por trás da paliçada e começaram a inspecionar as tendas mais próximas a procura de algum dos soldados, mas não encontraram viva alma. Logo estavam entrando em desespero e começaram a gritar. Gritavam nomes e patentes como se fossem uma coisa só. Tentavam só chamar a atenção de alguém que pudesse lhes explicar o que estava acontecendo. Foi então que encontraram um soldado ajoelhado junto as cinzas de uma fogueira.
- Soldado! Identifique-se! - Disse Urhur com autoridade na voz. O soldado era moreno de pele e cabelo e usava a armadura e as armas características do exército mulhorandi. Mesmo assim ele parecia pasmo, quase mortificadamente assustado com o que quer que tivesse visto. A demora para responder foi tanta que o comandante forçou-se a ameaçar o homem. - Identifique-se ou seremos forçados a matá-lo.
- Meu nome é Bakenmut, senhor. Por favor, não me mate. - Foi tudo o que o homem conseguiu dizer por um momento. No instante seguinte ele desatou a chorar e, entre os soluços, ele tentava explicar o que havia acontecido. - A névoa... Não havia o que fazer... Foi tão rápido... Todos sumiram...
- Acalme-se, soldado Bakenmut! - Ordenou Kethoth, se dirigindo diretamente ao soldado, coisa que poderia fazer somente para grupos maiores. Um único soldado poderia entender que o general se colocava como igual se falasse diretamente consigo. - É seu dever nos explicar o que aconteceu aqui! Não deixe que suas aflições pessoais atrapalhem o que precisa fazer como soldado. Não esqueça da sua profissão homem!
Ele levou alguns segundos para se recompor, mas depois disso conseguiu falar com a eficiência de um orador profissional.
- Senhor! - Iniciou ele. - Perdoe-me meus modos, mas havia amigos meus entre os soldados e o que aconteceu foi assombroso demais. A névoa que cobria nosso acampamento desde o último anoitecer se intesificou um pouco antes de eu sair da paliçada para urinar. Assim que terminei e voltei a olhar para cima a névoa já estava se dissipando, mas com ela todos os soldados também sumiram. Só fiquei lá fora por um instante e ainda assim quando voltei nenhum dos soldados estava onde estavam quando saí. Os vigias desapareceram também. Para falar a verdade, até ver os senhores achei que eu era o único que tinha sobrevivido. Acho que essa névoa era algum tipo de maldição dos deuses.
- Guarde o que acha para si. - Disse Urhur cortando o soldado. - Temos que descobrir mais pistas, para podermos ajudar nossos camaradas.
Os três concordaram com isso e começaram a procurar qualquer marca que pudesse sugerir para onde todo o destacamento poderia ter ido naqueles breves momentos.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Facebook

Só pra avisar o pessoal com o qual eu mantinha contato via facebook, que minha conta foi desativada. Tenho me estressado mais do que qualquer outra coisa com a rede social nos últimos tempos e acho desnecessário dizer que não gosto de me estressar por bobagens...
Para entrar em contato comigo a partir de agora, somente via email. Os endereços são os seguintes:

jeferson.g.schaefer@gmail.com ou glarinarthaner@gmail.com

agradeço a compreensão de todos, e abandonem o facebook, pois ele é só mais uma perda de tempo para não darmos atenção ao mensalão nem ao nosso amado RPG

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Novidades da WotC

Galera... Pra quem ainda não sabe, no lugar do antigo "Dungeons & Dragons Miniatures", que era um jogo de estratégia que usava miniaturas de monstros e herois de D&D, a Wizards lançou um novo jogo. O Dungeon Command é mais parecido com um boardgame, mas ainda tem toda a estratégia de um jogo de miniaturas.
O jogo está a venda no Brasil só através de importação, algumas lojas online e algumas pessoas que já estão importando pra si mesmas (procurem alguém assim e façam sua encomenda).
Até agora já haviam saído duas caixas com times pra jogar o Dungeon Command. Uma chamada "Heart of Cormyr" (Coração de Cormyr), com vários herois de Faerûn, uma segunda chamada "Sting of Lolth" (Ferrão de Lolth), que inclui drows e outras criaturas do Underdark.
Mas a grande novidade é uma terceira facção de miniaturas que saiu agora. É o Tyranny of Goblins (Tirania dos Goblins) que aparentemente vem com uma enorme variedade de miniaturas goblinoides, entre eles Snig, the Axe, e Tarkon Draal que são dois líderes goblins muito famosos em aventuras e romances de RPG.
Vai ai uma foto do material. Para quem quiser comprar e não souber aonde ir, basta deixar um comentário ou mandar um e-mail.





Valeu pessoal...
Nos falamos de novo

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dica de Jogo de tabuleiro e futuras atualizações

Pessoal...

Já estou bolando o próximo podcast, que pretendo colocar no ar no começo de Outubro. O tema dessa vez será o Clérigo. Se alguém tem interesse de participar (claro que terá de ser pelo telefone se não for alguém de Nova Petrópolis), ou se ficaram dúvidas do último podcast, ou comentários que gostariam que fossem postados aqui no blog, basta mandar um email para o glarinarthaner@gmail.com com um texto que possa ir ao ar nesse próximo podcast.

Enquanto vou preparando tudo para esse novo audio que vou colocar no ar, deixo aqui a dica de um jogo de tabuleiro que achei muito divertido de jogar, e que, mesmo não tendo batalhas como a série WAR, ou os lançamentos mais recentes como WOW boardgame ou StarCraft boardgame, ainda assim é muito legal e competitivo. O jogo é o Colonizadores de Catan que, depois de muito sucesso no exterior (tendo inclusive feito uma aparição no famoso seriado da TBS, "The Big Bang Theory"), chega ao Brasil através da GROW(r). O jogo, como já afirmei, não tem combates, mas as jogadas de dados que dão ação ao jogo, são divertidas, e a estratégia pode mudar o jogo totalmente. Seguem imagens da caixa e do conteúdo do jogo para quem se interesse em adquirir o jogo.






Valeu pela atenção! E até a próxima...
Que a Força e a Nerdisse estejam com vocês!!!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

D&DNext!! Atualização

Temos um novo pacote para o D&D Next. O pacote está disponível lá no site da Wizards of the Coast[r].
Quem já tiver feito o download de uma das partes do pacote, pode baixar diretamente, só fazendo login na conta criada para o playtest. Quem ainda não fez a inscrição para receber os e-mails e as atualizações do playtest, ainda pode fazer no site.

Este novo pacote de dados, vem com atualizações nas classes e nas magias. Ainda vem também, com duas classes novas, presentes nas edições 3,5 e 4. O Bruxo (Warlock) e o Feiticeiro (Sorcerer). A montagem das classes parece bem legal, mas só jogando pra ter certeza. Há também uma nova aventura para você mestrar para os seus amigos e todos testarem o jogo juntos

Muitos jogos pra você que já baixou ou está baixando o playtest da quinta edição do Dungeons and Dragons. Pra você que ainda não está baixando, não perca tempo. Para todos os que quiserem e puderem jogar conosco aqui em Nova Petrópolis, é bem provável que saia alguma coisa nesse sábado a noite e que seja uma partida do playtest.

E não esqueçam! Todas as futuras atualizações vão sempre passar aqui pelo blog. Fiquem atentos!

Abraço, Valeu!!!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

As Crônicas de Kethoth - Capítulo 4



Capítulo 4
T
inha parado de chover cerca de um quarto de dia depois de desembarcarem e começarem a preparar acampamento perto da praia. A areia estava encharcada e os soldados, carregados como estavam de equipamentos militares e mantimentos para o resto da jornada, afundavam como se fosse neve fofa do longínquo norte. Tudo correra bem com exceção da intromissão da chuva.
Kethoth já estava com sua barraca montada e secara-se com uma de suas toalhas de linho. Elas não eram boas, mas era o que todos os soldados tinham recebido. Ele tinha uma toalha de algodão importado do distante oriente. Uma terra chamada Kara-tur, onde nenhum homem de Faerûn jamais havia posto os pés. Ou se tinha, ele nunca voltara de lá. Todos os comerciantes que faziam as caravanas de Faerûn até Kara-tur eram orientais e povos seminômades do grande deserto a leste de Mulhorand.
Mesmo para Kethoth, que julgava conhecer muito do mundo, o oriente parecia algo vago e incerto. Havia lendas e mitos de dragões estranhos naquelas regiões, muito diferentes dos que viviam em Faerûn. Dizia-se também, que quanto mais longe se ia ao oriente, mais ricas e douradas ficavam as cidades. Quando Kethoth imaginava as cidades orientais, sempre via Skuld, mas com ouro no lugar de toda a madeira. Não que em Skuld houvesse muita madeira, mas era assim que Kethoth imaginava as cidades orientais.
Agora, porém, não havia nenhuma riqueza ou luxo para nenhum dos homens de Kethoth. E ele não achava justo, mesmo sendo o general comandante daquele batalhão, dar-se mais luxo do que aquele que podia dar aos seus soldados. Usava sua armadura dourada somente porque era o símbolo de sua posição. Seu elmo estava colocado de lado, pois precisava raspar seu cabelo novamente. Toda a vez que o cabelo começava a crescer, a malha que usava por baixo do elmo dourado incomodava mais do que era capaz de suportar. Era o único luxo que estava se dando. Raspar o próprio cabelo com sua faca. Ele a mandara amolar especialmente para tirar o cabelo e ficara assustado com a forma que a faca voltara. Extremamente fina e desbastada em ambos os lados, mas depois de testá-la, viu que o armeiro sabia o que estava fazendo melhor do que ninguém. A faca cortava os cabelos com suavidade e precisão e foi uma das primeiras vezes que Kethoth não se cortou enquanto se raspava.
Quando Kethoth já estava quase terminando o trabalho, diante de seu pequeno espelho, Urhur apareceu junto à entrada da tenda. Kethoth, que estava de costas para a entrada, ouviu a chegada do amigo e ergueu o espelho para poder olhá-lo nos olhos enquanto estivesse ali.
– Precisa de alguma coisa, Urhur? – Perguntou Kethoth, pousando a lâmina suja no colo da capa. – Tudo em ordem com os preparativos do acampamento?
– Sim! – Respondeu o homem. Ele ainda estava em sua armadura, mas parecia que algumas fivelas já estavam abertas. – A questão nem mesmo é minha. Mas vários dos homens perguntam quanto tempo ficaremos acampados aqui. E como a maior parte deles não está satisfeita com toda a chuva e a demora que andamos tendo, acho melhor que a informação passe por mim ao invés de que você transmita diretamente a eles.
– Ficaremos tanto quanto eu achar necessário. – Disse Kethoth, finalmente se virando para encarar seu segundo em comando. – Mas diga a eles que não se preocupem, pois sei e compartilho da impaciência que eles têm. Quero entrar logo em Shussel e dormir em uma cama de verdade e que de preferência não balance. É só isso?
– De minha parte é senhor. – Urhur se curvou e continuou monocromaticamente. – Me da sua permissão para me retirar?
– Tenho uma coisa para lhe pedir também. – O soldado levantou o rosto, com uma expressão inquisitiva. Ao que Kethoth respondeu. – Traga-me o cartógrafo e o mapa. Quero descobrir exatamente onde estamos antes de liberar as embarcações para voltarem.
– As suas ordens, General. – Respondeu Urhur. Virou-se e saiu.
Até mesmo a relação entre os dois amigos tinha esfriado com a chuva. Aquilo nunca passara pela cabeça de Kethoth, mas estava acontecendo. O tempo estava horrível lá fora agora. Provavelmente haveria neblina durante a noite. Era incomum neblina tão perto do mar, mas Kethoth conhecia a região e sabia que com o tempo e as nuvens como estavam, não tinha outra explicação. A névoa esfriaria mais ainda o clima e também o ânimo do batalhão.